terça-feira, 10 de novembro de 2009

Espantoso

A pessoa de maior responsabilidade dum país, é o presidente do governo. Sobre ele recai o encargo de o levar a bom porto, gerindo recursos, fugindo a escolhos, superando crises, dirigindo a guerra ou gerindo a paz. Churchill e Salazar foram paradigmas disso. Num país rico, essa figura é alvo de ataques mais ou menos sistemáticos nessa coisa enfadonha da vida humana que é a luta pelo poder. Todos querem ser o macho (ou fêmea) dominante! Nixon sucumbiu, abalando para sempre o prestígio da presidência, com a agravante de ser chefe de governo e de estado. Nós, um pobre país que se julga do primeiro mundo e que ainda não o é na verdadeira acepção da palavra, divertimo-nos não só a falar mal do governo (costume antigo) mas a dar-lhe cabo da paciência, da imagem, e dele. No meio duma crise mundial de proporções gigantescas e nunca vistas, era para o timoneiro estar rodeado de respeito e de ajudas de todos os quadrantes, a ver se passávamos a tempestade sem naufragar (imagem que em país de navegadores deveria ser bem compreendida). Não senhor que um primo tal e coisa e o Vara coisa e tal. Que o curso tal que sim e que a TVI tal que não. Bom, se ele ainda tiver tempo para governar um poucochinho que seja, deve ser um génio como não há igual à face da Terra. Sócrates só? Não: Soares, Sá Carneiro, Cavaco, Guterres, Santana também levaram e não foi pouco, a ponto de morrerem ou se porem a milhas ou de fora. Se fosse uma coisa planeada por inimigos, não conseguiam melhor!
Carlos Melo Bento
2009-11-10

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